Desde a chegada ao Vasco, o técnico Paulo Autuori cita a tradição do clube como remédio para qualquer dificuldade que se imponha ao momento complicado do time de São Januário. No retorno aos trabalhos nesta segunda-feira de manhã, o treinador tentou dar novo ânimo ao grupo com um discurso parecido ao da sua chegada há pouco mais de mês. Autuori lembrou da história do Vasco, da superação em adversidades maiores do que a de hoje e reforçou, "sem criar falsas expectativas", que o Vasco vai ser competitivo no Campeonato Brasileiro.
- Acabou esse papo de coitadinho do Vasco. Não tem isso. Coitadinho... nada! Isso aqui é um clube grandioso, não queremos dó de ninguém, pena de ninguém. Às vezes as pessoas gostam de empurrar o bêbado por escada abaixo, mas não é assim. Nós somos o Vasco da Gama, tenho a cada dia mais orgulho de estar aqui - disse Autuori, na coletiva de imprensa.
Agora com salários em dia, após o uso de recursos com a venda de Dedé, Autuori lembrou que o grupo precisa lutar para resgatar o que ficou perdido nesses tempos de maus resultados, de pouca confiança da torcida e também no mercado do futebol.
- Se hoje não temos credibilidade nem dentro nem fora do campo, o que vamos fazer? Vamos trabalhar para recuperá-la. Não há palavras que possam amenizar essas situações. Nem vou criar falsas expectativas, mas o que vou exigir de todos é coragem. Não tracei metas, mas vamos fazer um campeonato com nível competitivo que pode surpreender - afirmou o técnico.
Incisivo, Paulo Autuori disse que a semana vai ser de muito trabalho, sem descanso para chegar no Brasileiro em nível de competição com as outras equipes que seguem em atividade. Com amistosos - pelo menos três -, o técnico quer testar ao máximo a equipe antes de começar a disputa da competição nacional e também na paralisação, após a quinta rodada, para a Copa das Confederações. Vasco, Flamengo, Remo e Paysandu devem fazer um quadrangular em junho, no Pará. E ainda haverá um torneio em Porto Rico.
- Seria importante esse torneio. O Brasileiro é pedreira e não se pode perder o nível de competitividade. Quanto mais amistosos de alto nível, melhor para nós - disse Paulo Autuori.
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